Passados 53 anos crio o meu podcast, um canal online de conversas com pessoas diferentes entre si mas com histórias que nos conectam.

podem ouvir os podcasts aqui e ver excertos da entrevista no canal de youtube
pod53 ep. 1
Há muitos anos, em Moçambique, a minha mãe estreava-se como locutora da rádio Clube de Moçambique (RCM), no emissor regional da Zambézia, em Quelimane. Foi ali que conheceu o meu pai e onde a história deles, e a minha, tiveram inicio.
pod53 ep.2
Neste episódio convidei a Elsa Morais para uma conversa a duas. A Elsa é a minha professora de yoga, conheci-a há 2 anos e depressa percebi que tinha encontrado alguém capaz de me inspirar e apoiar neste desafio de integrar a prática no meu dia a dia. O que nos une na prática? O que nos diferencia? São muitos os motivos e os contextos…
pod53 ep. 3
Na porta ao lado vive o meu amigo Henrique. Na base da nossa amizade está o gosto pelas pessoas, pela música, pela dança, pela vizinhança. O Henrique tem 18 anos e conta-nos um pouco da sua vivência, dos seus sonhos das suas crenças e na fé de mudar o mundo. Desde da música em tempo de confinamento aos arraiais com os vizinhos, aos espetáculos de encenação, muitas coisas que ele consegue fazer acontecer. Ouçam este testemunho e encantem-se com a voz sincera de um jovem cheio de sonhos e de vontade de viver. “Façam tudo com o coração e com a sua verdade porque é assim que conseguimos passar a vida a fazer a coisa que realmente gostamos e com respeito a todos. É assim que quando terminarmos a vida, uns segundos antes, percebermos que conseguirmos ser verdadeiros connosco próprios.
pod53 ep. 4
A minha convidada chama-se Cristiani Oliveira , tem 3 filhas portuguesas , casou de branco, no Brasil, de sari vermelho, na Índia, e em Portugal, casou em 2 embaixadas, na da Índia e na do Brasil. Tudo isto, com o mesmo marido que a convidou para umas férias em Portugal que já contam com 20 anos. Convido-vos a ouvirem algumas histórias engraçadas de uma brasileira que ousou sair do seu País com 23 anos , casar com um Indiano e vir viver para Portugal.
pod53 ep. 5
A minha convidada tem a minha idade, vivi com ela, dos 7 aos 14 anos, depois disso, apesar de passarmos a viver em casas separadas, nada ou muito pouco mudou no nosso dia a dia.
Tivemos uma infância rodeada de um grande suporte familiar, tios, Tias, primas e primos e dos nossos avós. A nossa família vivia toda na mesma rua, mas aquilo que mais nos unia era um grande o amor de uma matriarca (a avó Laurinda) alicerçada pela força de um militar, o nosso avô Campos.
A minha convidada é a minha prima Manuela, convidei-a para falarmos da nossa infância, dos diversos acontecimentos que vivenciámos em comum. O tema maternidade foi sempre um tema que nos acompanhou, quer pela partilha comum de uma mãe, quer pelas nossas vivências individuais como mães.
Neste episódio convido a minha prima a uma reflexão sobre o que é ser mãe em tenra idade e o que é ser mãe numa idade muito mais tardia.
pod53 ep. 6
A minha convidada é açoriana de gema, chama-se Natacha e conhecia-a em ambiente de trabalho. O stress, as pressões e as dificuldades podem ter dois efeitos, a cisão ou a união, nós optamos pelo mais desafiante a união.
Só assim, foi possível o sucesso dos nosso trabalho na medição de audiências de televisão. O sorriso é o mais marcante na Natacha, franco e verdadeiro, espelhando uma satisfação e gratidão pela vida. Estudou sociologia e interessa-se pelos mais variados temas, no mestrado escolheu o tema Conciliação entre o trabalho e família, quem a conhece percebe que estes são os grandes pilares da sua vida, acrescento, os grandes desafios da humanidade.
Nesta conversa convido a Natacha a uma reflexão sobre o tempo em que comungávamos o dia a dia. Hoje vemos-nos raramente, mas decidimos converter a nossa relação de trabalho numa amizade, onde se mantém aquilo que aprendemos a trabalhar juntas: respeito, admiração e entreajuda.
pod53 ep. 7
Sincronizar em 60 minutos foi uma ação que nos juntou ao longo do tempo. Conheci a Paula em 1994, durante 3 anos partilhámos o mesmo tempo e espaço, no local onde ambas trabalhávamos. Depois disso, seguimos numa vida onde a sincronia era marcada nos nossos almoços irregulares que foram perpetuando através dos últimos 24 anos.
Almoços, que apesar de pontuais, marcavam pontos na intensidade e partilha dos nossos tempos e espaços. Sempre ávidas de conhecimento e experiências, as nossas vidas foram sempre bebendo dessa inspiração mútua. Neste episódio, abordamos um pouco o nosso percurso caracterizado pela grande vontade de lutar e viver os nossos desafios com uma alegria contagiante.
pod53 ep. 8
De signo peixes, simbolicamente representado por dois peixes que se movem em direções opostas, mas unidos por um cordão, assim é a Teresa. Um dos peixes carrega a sua vertente de cientista o outro representa a sua força espiritual e mística. Neste podcast, partilha a sua história contando-nos o seu percurso entre estes dois mundos, onde tantas vezes se sentiu perdida e coagida a decidir por um em detrimento de outro.
Apaixonada tanto pelo desconhecido, como pelo conhecimento, foi ao longo dos anos desenvolvendo competências nas duas áreas em busca do seu propósito. Mas a sapiência do tempo, trouxe consigo a verdadeira noção que no meio é que está o equilíbrio. O equilíbrio que conseguiu encontrar quando amarrou com um nó aos dois peixes que se moviam em direcções opostas. Vamos ouvi-la a contar a origem da sua história marcada pela herança feminina de uma avó com uma intuição e sabedoria nata e ancestral e uma visão masculina de uma figura paterna regida pela objectividade e ordem.
pod53 ep. 9
Neste episódio falamos com a Silvia. O projeto dos Goliardos começou há 16 anos com um sonho do Nadir e da Silvia de abrirem em Portugal um espaço onde se conciliasse um copo vinho, com outras formas de arte, poesia, música, tertúlias, provas e cursos de vinhos. A ousadia dessa altura foi dar a voz a pequenos vinicultores espalhados pela Europa que utilizavam métodos naturais e artesanais na produção vinícola.
Depressa o projeto ganhou asas e neste momento eles são distribuidores e representantes de 150 produtores de vinhos artesanais de 7 países Europeus. Apesar do projeto ter crescido, os princípios e filosofia que os trouxeram a Portugal há 16 anos mantêm-se. Hoje não só distribuem, como também cultivam e vinificam o seu próprio vinho.
Vamos ouvir a Sílvia a falar da arte dos vinhos naturais, o vinho que não é só vinho, é terra, é mar, vento, gente que trabalha. Gente que trabalha com um ritmo que se adapta ao ritmo da mãe terra, gente que sabe esperar e colher no momento certo.
Porque o vinho, quando feito com respeito à natureza, é o único alimento que nos permite viajar através do tempo e do espaço. Venham vinhos do mundo, vinhos que trazem muito mais que uma bebida. Venham vinhos que nos alimentam a alma, tornando-nos seres mais abertos ao diferente, atentos ao modo como foram feitos, respeitadores do saber empírico das várias gerações.